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Tempero não é tudo igual: você está consumindo pimenta ou apenas a casca da pimenta?

Nem toda pimenta-preta é o que parece. A presença de cascas em excesso ou farinha na composição pode indicar má qualidade e comprometer o sabor do alimento no seu prato


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A pimenta-preta, também conhecida como pimenta-do-reino, é uma especiaria popular obtida a partir dos grãos secos da planta Piper nigrum. Por se tratar de um tempero amplamente utilizado na culinária brasileira, não é difícil ser encontrada em supermercados, principalmente no formato de grão ou moída. Mas o que muitos consumidores não sabem é que a aparência pode enganar: parte do que se comercializa como pimenta moída, na verdade, é composta majoritariamente por casca, um subproduto com pouco ou nenhum valor aromático ou funcional, e em muitos casos ainda feculado, ou seja, misturado com farinha.

Apesar de se parecerem, nem toda pimenta-preta que as pessoas têm na cozinha é realmente de qualidade. Para garantir segurança alimentar e qualidade, é necessário consumir temperos de marcas confiáveis e que prezem pela produção de temperos naturais, como é o caso da Chelli, que utiliza a pimenta-preta com padrão de qualidade de nível ASTA.


Padrão de qualidade nível ASTA


Esse padrão internacional é um dos mais exigentes no setor de especiarias e leva em consideração aspectos como a densidade do grão, a proporção de "light berries" (grãos ocos) e a intensidade do aroma. Em outras palavras, a classificação ASTA representa a escolha por grãos maduros, com alto teor de miolo, o que se traduz em maior presença de piperina e óleos essenciais, substâncias naturais responsáveis pelo sabor picante e pelo aroma característico da pimenta.

“A pimenta-preta de nível ASTA é a que possui menor teor de impurezas em nosso país, além do padrão de granulosidade e umidade presente nos grãos, garantindo mais segurança na alimentação de quem consome”, explica a engenheira de alimentos e responsável técnica da Chelli, Viviane Pescador Maragno.


Diferença entre pimenta B2 e ASTA


O que muitos consumidores não observam é que pimentas moídas muito escuras, quase pretas como carvão, podem ser sinal de baixa qualidade. Isso acontece quando a moagem é feita a partir de grãos imaturos, com pouco miolo e alta proporção de casca. Esses grãos, muitas vezes classificados como B2, produzem um pó visualmente escuro, mas com aroma fraco e sem a pungência esperada. Já os grãos maduros, classificados como ASTA, resultam em uma pimenta moída mais clara (acinzentada), devido à coloração do miolo, e com aroma mais intenso.


Maior aproveitamento dos benefícios


Além de conferir melhor sabor e aroma aos pratos, a pimenta-preta contribui com um estilo de vida mais saudável, pois segundo a responsável técnica da Chelli, possui como principal composto ativo a piperina, que pode contribuir com o aumento da biodisponibilidade de alguns nutrientes, como ferro e vitaminas, além de possuir ação antioxidante, anti-inflamatória e termogênica no organismo.


Moer o grão na hora do uso preserva compostos ativos, além de manter o frescor do sabor e o aroma marcante, ainda mais em opções que já vem com moedor embutido junto ao produto. Já a pimenta moída se torna uma boa pedida para quem procura mais praticidade, desde que o produto tenha uma procedência que garanta a sua qualidade.


Armazenar em potes bem vedados, longe da luz, do calor e da umidade, além de evitar a exposição prolongada do tempero no ambiente, garante que a pimenta preserve as propriedades sensoriais por mais tempo. Essa prática também impede que o tempero absorva umidade do ambiente, o que pode comprometer sua textura, sabor e até facilitar o desenvolvimento de microrganismos. 

“Escolher bem a pimenta é um passo simples que faz diferença no sabor e na qualidade dos alimentos. Além disso, garante melhor aproveitamento dos compostos ativos que contribuem para a saúde humana”, afirma a engenheira.


A pimenta-preta e a pimenta-do-reino-preta da Chelli


Apesar de terem nomes diferentes, a pimenta-preta e a pimenta-do-reino-preta da Chelli são feitas com a mesma matéria-prima: os grãos de pimenta-preta de qualidade ASTA, derivados da planta Piper Nigrum. A única diferença é que a primeira vem em grãos, enquanto a segunda já é moída.


De acordo com a engenheira de alimentos da marca, Viviane Maragno, ambos os temperos podem ser utilizados na cozinha das famílias brasileiras. Antes de chegar ao supermercado, a pimenta-preta em grãos passa pelo processo de peneiramento, limpeza e envase. O aroma e o sabor da especiaria em grãos são mais resistentes à umidade e as oscilações do ambiente, desde que bem armazenada.


Já a pimenta-do-reino moída passa pelo processo de peneiramento e limpeza dos grãos, depois é feita moagem e, por fim, o envase. É a forma mais prática de consumir o tempero, mas também a mais sensível às oscilações de temperatura e luz dos ambientes. O aroma e sabor permanecem, mas de forma mais suave que o da pimenta-preta em grãos.


E ainda assim, a escolha por grãos de qualidade, como os do tipo ASTA, garante que, mesmo na versão moída, o produto mantenha características sensoriais superiores. Por isso, observar a cor da pimenta moída, o tipo de aroma liberado ao abrir a embalagem e a procedência da marca são práticas recomendadas para evitar comprar apenas “a casca” da pimenta.


Texto/Foto: Shaiane Corrêa

Expressio Comunicação

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